terça-feira, dezembro 15, 2009

CORREIO DA MANHÃ - Entrevista: Rentes de Carvalho

Em entrevista de hoje (15 de dezembro) ao Correio da Manhã, o escritor Rentes de Carvalho, residente na Holanda, tem muitas opiniões que eu com ele partilho.

Pela qualidade da entrevista, deixo aqui, o conteúdo da mesma.


"Vejo um País triste e de tédio”

Rentes de Carvalho, escritor português que é best-seller na Holanda, publicou este ano em português ‘Com os Holandeses’ e ‘Ernestina'.

Correio da Manhã - José Saramago escreveu, em Maio de 1968, uma crítica na ‘Seara Nova’ a propósito do romance ‘Montedor’ em que falava de “uma escrita que decide sugerir e propor em vez de explicar e impor...?. Concorda?


Rentes de Carvalho - Concordaria sempre. Era uma crítica séria porque o Saramago não era o de agora, era um crítico respeitado e uma crítica dele era excelente.

- Como descreve a sua escrita?

- É simples. A dificuldade é saber o que se quer dizer e acumular as palavras necessárias. Por trás da simplicidade está um trabalho forte.


- Trás-os-Montes está muito presente na sua escrita. Quais são as recordações que guarda desse Trás-os-Montes dos anos 30/40?


- Portugal era diferente. Lembro-me do medo. Foram tempos terríveis, de fome, pobreza e humilhação. Quando escrevi o meu segundo romance, muitos jovens lá da aldeia leram e foram interrogar os pais e os avós se tinha sido assim mas a resposta foi sempre: “Não se fala sobre isso”. O medo continua entranhado nas pessoas, é o medo dos pobres, dos que não têm defesa nem direitos.


- Porque é que apesar de ter passado tantos anos na Holanda, Trás-os-Montes continuou sempre tão presente na sua escrita?


- Escrevi também sobre temas holandeses mas achei que não era tão capaz de o fazer como o faço em relação à minha gente. Conheço melhor os holandeses do que a sociedade portuguesa mas a minha afinidade é maior com o nosso povo. Se olhar para a minha vida, fui para Paris, onde vivi quatro anos, e encontrei uma sociedade diferente - com mais conforto, dinheiro e liberdade. Depois fui para a Holanda, onde vivo, mas o que guardo como os anos mais importantes foram os meus 20 anos que passei em Portugal. Estive 14 anos sem poder regressar mas quando voltei, em 1964, encontrei tudo como tinha deixado. No regresso à Holanda, cheguei ao aeroporto e ouvi-me a dizer: cheguei a casa e, esse sentimento de chegar a casa, nunca tenho quando venho cá. Quando chego a Portugal sou a pessoa de antigamente, aquele que ficou cá. O meu primeiro romance fala do que me teria acontecido se tivesse ficado e é nesse livro que sinto que fugi ao destino. O holandês é a língua com que escrevo no diário, com que falo no quotidiano, é a língua do amor e da família, o inglês e o francês são as minhas línguas de leitura e o português é a língua em que eu escrevo – é como se tivesse um quarto em que ninguém entra, ali mando eu. É o meu tesouro.


- Escreve ficção ou memórias?

- Os dois. Tenho contos que as pessoas perguntam se aconteceu mesmo e não posso dizer que é ficção porque não acreditam.

- Como é que um escritor opta pela fusão das duas?

- Tem um filtro. Faz uma valiação entre o que é bom e o que não é. O segredo é não deixar que o leitor perceba o que é o quê.

- Vendo de fora, o que há a dizer sobre Portugal?

- Vejo um País triste, de tédio e do almoço. O acontecimento mais notável para o português é o almoço. A pessoa levanta-se, trabalha um bocadinho e depois vai almoçar e, estende o almoço como se fosse um fim em si.

- Foi obrigado a sair de Portugal por razões políticas. O que aconteceu?

- Eu estava na faculdade de Direito e fiz umas perguntas sobre os sindicatos e um dos professores não gostou. Um dia o meu pai foi abordado pela PIDE: “O rapaz que tenha cuidado porque arrica-se a ir para a cadeia”. Na altura, ou saía de Portugal ou era preso, o que não me deixou escolha.

- Já alguma vez pensou como seria se não tivesse ido embora?

- Era um escriturário de segunda na Câmara de Mogadouro ou tinha aprendido a arte de sapateiro. No livro ‘Montedor’, mostro isso mesmo: o que me teria acontecido e a tantos outros como eu.

- Que razões encontra para vender cerca de 120 mil exemplares de um livro na Holanda e não ter o mesmo sucesso em Portugal, sendo ele tantas vezes mencionado nas obras?

- Os holandeses acham-me simpático e eu ganhei uma certa reputação quando comecei a escrever nos jornais em holandês. Escrevi ‘Com os Holandeses’, de 1972, que vai agora na 13ª edição e continua a vender. Eu sou bom na escrita, sou diferente. Um escritor holandês tem um número de temas sobre os quais escreve – sexo, amor, família e, depois aparece um sujeito a contar histórias de Trás-os-Montes, que acham exótico e bonito. Em Portugal, talvez não seja tão conhecido porque é preciso ter os amigos certos, dizer que determinados livros são bons, entre outras coisas e, eu nunca entrei nesse jogo. Neste sentido a pátria é madrasta.

- Olhando para Portugal e para a Holanda, que características se podem apontar como o que de melhor há nos dois países?

- Na Holanda, há sentido de organização, pontualidade, não há quase corrupção no aparelho do governo e há responsabilidade social, enquanto em Portugal apenas falamos de uma roubalheira nacional. Mas temos também um sentido de carinho que falta na Holanda porque as pessoas são mais frias dentro do núcleo familiar.

- Quantos livros vendeu na Holanda e em Portugal?

- Na Holanda deve rondar o meio milhão de exemplares enquanto em Portugal falamos de cerca de três mil exemplares.

- O facto de o mesmo livro ter um número de vendas tão diferente pode apontar para diferenças nos leitores dos dois países? Quais?

- Na Holanda existe uma tradição de leitura, uma pessoa para contar na sociedade tem de ler e ter em casa uma estante com vários livros.

- Voltaria a viver apenas em Portugal?

- Vivo cá. Passo metade do ano em Trás-os-Montes e metade em Amesterdão. A casa que o meu avô construiu sozinho estava em ruína e nós mandámos reconstruir. Sentimos obrigação de a habitar por respeito ao homem que foi. É a ternura que me traz aqui.

- Nos anos em que não veio a Portugal sentiu saudades do que, além da família e dos amigos?

- De não participar. Os meus pais iam ver-me à fronteira espanhola mas eu não podia passá-la, via Portugal do outro lado, é inesquecível. Mesmo hoje, sem fronteiras, passo por ali e custa-me.

- ‘Europa Rica, Europa Pobre’, fala exactamente sobre a perspectiva de não existirem fronteiras físicas mas que para alguns permanecem lá. Qual é a ideia?

- O pobre português pode ver a Europa rica mas não pode ir para lá, enquanto povos, como o Holandês, podem andar por toda a parte. Não consigo esquecer a história dos humildes e humilhados que conheci na infância. Nós não eramos pobres mas todos à nossa volta eram, ao ponto de só terem um bocado de pão e de uma cebola para comer. A vida neste País era muito dura. Houve um ano em que fugiram quase um milhão de portugueses para irem a pé até França mas quando chegaram à fronteira da Espanha com a França, ao rio Bidasoa – que tem uma corrente terrível – atravessavam o rio a pensar que podiam nadar e morreram milhares de pessoas de quem ninguém fala. Pensavam que a fortuna estava do outro lado e deitavam-se ao rio na esperança de uma vida melhor. Quando passo por lá fico sempre emocionado.

- Voltando aos livros. Há algum que destaque em particular?

- ‘Com os Holandeses’ porque teve uma origem curiosa. Estava com um amigo holandês, que é editor, e comecei a falar mal dos holandeses – chatos, forretas, insensíveis – e ele propôs-me que escrevesse isso. Uns dias depois chegou uma carta da editora com um chegue no valor dos primeiros direitos de autor, e escrevi. Sabia que os holandeses iam aceitar, eles encaram as críticas como construtivas. Este livro tem me trazido amizades porque eles reconhecem que são mesmo assim.

- Sente algum tipo de mágoa por ser tão reconhecido na Holanda e não em Portugal, onde pertence e que tantas vezes menciona nos livros?

- Não porque as pessoas não são obrigadas a ler mas dói-me o desleixo e egoísmo que há em Portugal. As pessoa vivem em torno do pai, da mãe e dos filhos e não se preocupam com o resto do país. Vivo num país onde há alguma frieza no núcleo familiar mas o País interessa porque é de todos. Portugal é um país de poucos ricos e muitos pobres, e esta parte do País magoa-me muito.

- Qual era o seu sonho de criança?

- Ser advogado porque queria defender os pobres mas descobri que o que podia fazer para ‘gritar’ era o jornalismo. Era a denúncia.

PERCURSO ERRANTE DO ESCRITOR
Apesar dos anos na Holanda, Portugal continuou sempre presente na sua escrita. Rentes de Carvalho escreveu sobre temas do país de adopção, na obra ‘Com os Holandeses’, mas não se sente tão capaz de o fazer como o faz em relação à sua "gente", caso de ‘Ernestina’.
Viveu quatro anos em Paris, onde encontrou uma sociedade diferente: "Havia mais liberdade, conforto e dinheiro." Depois descobriu a Holanda, onde vive até hoje, mas o que guarda como os anos mais importantes da sua vida são os 20 que passou em Portugal. "Quando chego sou a pessoa de antigamente, aquele que ficou cá", garantiu ao CM.
Homem de várias línguas, Rentes de Carvalho usa a língua holandesa no quotidiano como idioma do amor e da família, tal como o inglês e o francês para a leitura, mas é o português o idioma eleito para escrever: "É o meu tesouro. É como se tivesse um quarto onde ninguém entra. Ali mando eu."

PERFIL
De ascendência transmontana, nasceu em Vila Nova de Gaia em 1930, onde viveu até 1945. Em 1956 passou a viver em Amesterdão, na Holanda. Desde 1988, dedica-se principalmente à escrita.

Sofia Martins Santos

segunda-feira, novembro 09, 2009

Andorra - Trabalhadores Portugueses tiveram dia negro

Em Andorra, volta novamente o tema dos trabalhadores portugueses que trabalham no estrangeiro. E volta novamente, as condições de contratação dos trabalhadores Portugueses. E volta novamente, a necessiade de reflexão sobre os casos de trabalhadores Portugueses. E volta de novo, a precaridade dos trabalhadores Portugueses. E de repente voltam todos estes temas de novo, e daqui a umas semanas, tudo está esquecido. Quem morreu teve azar, quem foi mal tratado teve azar, e quem teve problemas, teve problemas.
E A CULPA MORRE SEMPRE SOLTEIRA.

Para quê falar tudo de novo ? Para quê fazer inquéritos ? Para quê procurar culpados ? No final, se houver final, só vão existir alegações.
Alega-se que as condições eram complicadas. Alega-se que estamos perante um relatório. Alega-se que aconteceu isto e aconteceu aquilo.
E NO ENTRETANTO, VIRÁ ALGUÉM DO GOVERNO PORTUGUÊS DIZER, QUE JÁ ESTÃO A SER TOMADAS MEDIDAS NO TERRENO, PARA MINIMIZAR TODAS ESTAS SITUAÇÕES.

E o resultado de tudo isto, entra rápidamente no esquecimento. Assim se passou na Holanda, assim se passou na Inglaterra, assim se passou em Espanha, e assim se passará em Andorra.

É um dejavú habitual, que vem sempre com o ínicio do Outono….foi assim na Holanda, foi assim na Inglaterra.
Como diz o povo……….”quem se lixa é o mixilhão”!.

José Xavier


sexta-feira, outubro 30, 2009

Governo novo !?




Os Ministros do novo Governo tomaram posse no início da semana e logo de seguida foram nomeados os Secretários de Estado.
Aquilo que nos toca às Comunidades Portuguesas, o SE continua a ser o mesmo, o que quer dizer pouco teremos de mudanças, pois certamente que serão seguidas as “velhas políticas”.

Apenas com a diferenca de que, com um Governo maioritário, a cavalgada de destruição de tudo o que eram os apoios às Comunidades Portuguesas era mais agressiva e poderá agora ser mais moderada, se a oposição souber negociar muitas das propostas e anseios das Comunidades onde o o anterior Governo PS, pura e simplesmente varreu de serem dadas soluções viàveis e credíveis.

No que é respeitante à Comunidade Portuguesa na Holanda, espero que o SE, muito urgentemente dê o impulso final à abertura da Secção Consular da Embaixada em Haia, e sejam colocados os respectivos apoios que há muito são recomendados.
Afinal esta novela já deveria ter custado ao Estado Português uma quantia muito próxima dos 300 mil euros, que fariam muito jeito ao movimento associativo, e aos apoios sociais que a comunidade está carecida.

Aguardo para ver.

terça-feira, outubro 06, 2009

Mais um desprezo Governamental pelas Comunidades Portuguesas


O (des)Governo do PS, em termos de Comunidades Portuguesas, deixou muito a desejar. Completamente um desastre! De todas peripécias que abusivamente cometeu, deu-me a sensação que poucas coisas acertadas concluíu, e que tivesse sido aplaudido pelas Comunidades. Isto foi simplesmente facto de uma maioria arrogante e traduziu-se no …quero, mando e posso!.e agora canta Vitória com menos meio milhão de votos. Pelo menos nós Comunidades poderemos cantar Vitória porque acabou-se a arrogância, isso sim.

Há alguns meses atraz, já na ponta final da legislatura, ainda foram tomadas mais medidas contra as Comunidades Portuguesas, conforme vêm denunciar os Membros do CCP na Alemanha.

Aqui deixo o o teor do Comunicado, que gentilmente fizeram-me chegar:


Conselheiros eleitos pela Comunidade Portuguesa na Alemanha


Sobre os Conselhos Consultivos

1. Na criação dos Conselhos Consultivos o Governo optou autoritariamente por um processo de carácter antidemocrático ao atribuir aos responsáveis pelos postos consulares o poder de nomeação dos representantes das comunidades. A prova é que recorreu a um Decreto-lei do Governo nº 71/2009, de 21 de Março, para evitar a discussão na Assembleia da República do processo da sua formação e composição.
2. Escondeu ao Conselho Permanente do CCP todo o processo de revisão do Regulamento Consular exactamente para poder mais facilmente e no secretismo excluir dos Conselhos Consultivos, os Conselheiros das Comunidades, estes sim eleitos e legitimados pelo voto das Comunidades. Mentiu dizendo que a revisão do Regulamento Consular abrangia apenas medidas de carácter técnico quando hoje é claro que o seu objectivo era a subversão dos princípios da democracia.
3. Pelas notícias que nos chegam parece estarem a ser nomeadas para tais órgãos representantes de partidos políticos, representação essa que é desapropriada para um órgão que se deve debruçar sobre os problemas de todos os membros da Comunidade independentemente das suas opções e preferências políticas ou partidárias.
4. Os conselheiros da Alemanha apoiam a constituição de órgãos que possam contribuir para a participação e empenhamento da Comunidade Portuguesa na resolução dos seus problemas à escala local ou regional, mas exigem que a sua constituição seja transparente e que deles não possam nunca ser excluídos os representantes que a comunidade elegeu e legitimou com o seu voto como é o caso dos membros do Conselho das Comunidades Portuguesas.
5. A comunidade portuguesa deve continuar atenta e mobilizada pela resolução dos seus problemas e a lutar pela revogação de medidas e métodos antidemocráticos instituídos pelo Governo.

4 de Outubro de 2009

Os conselheiros eleitos pela comunidade portuguesa na Alemanha.


quarta-feira, setembro 23, 2009

Ensino da Lingua e da Cultura Portuguesa na Holanda - 2009


Nos últimos dias tive conhecimento, que um mês após o ensino ter iniciado na Holanda, ainda existem muitas crianças Portuguesas de Haia, Roterdão e Amsterdão, que ainda não tiveram aulas de Língua e Cultura Portuguesa. Os professores ainda não foram colocados.!
É a pura desbanda, e de abandono completo, aquilo que os Governos de Portugal têm feito nos últimos anos.
Há cerca de 4 anos que as minhas filhas terminaram o curso de Língua Portuguesa, imaginei eu que as coisas tivessem melhorado, mas vejo que tudo continua na mesma.

Não existe Coordenação! ( existe mas é a mesma coisa que não existisse). Os assuntos são tratados em cima do joelho. A lei não se cumpre no que é o recrutamento de professores. Não se motiva, nem se divulga na Comunidade a existência desses cursos. Em resumo é o abandono completo, e salve-se quem puder.

Afinal dentro de poucos anos, vamos ter os jovens Portugueses todos a falar só Holandês, sem saberem nada da Cultura Portuguesa, e nessa altura teremos os políticos e os responsáveis oficiais todos satisfeitos. O objectivo foi alcançado, pois não temos mais despesa com estes migras.

Então teremos jovens satisfeiros a gritarem bem alto;
Viva a República das Bananas!
Viva Portugal no seu melhor !





sexta-feira, setembro 18, 2009

Os Depuatdos da Emigracão

Num artigo do Jornal LusoJornal, que se publica em França e na Bélgica, traz um bom artigo sobre a questão da prestação do trabalho que foi feito pelos 2 Deputados eleitos pela emigração, Carlos Gonçalves do PSD e Maria Carrilho do PS.
Nitidamente a Sra Deputada do PS Maria Carrilho, não esteve no Parlamento para defender as Comunidades Portuguesas. Foi a que faltou mais vezes, e a que solicitou menos requerimentos ao Governo. Claro, no entender da Sra Deputada até nem existem grandes problemas nas Comunidades!
O Deputado Carlos Gonçalves do PSD, claro que está na oposição e teve um papel mais interventivo, dado que conhece de longe mais as Comunidades Portuguesas, comparativamente à Deputada do PS.

No que corresponde à prestação de outros partidos, o PCP destaca-se pela sua intervenção em prol das Comunidades Portuguesas, que mesmo sem ter um Deputado eleito, consegue apresentar mais requerimentos ao Governo que outros Deputados, ainda apresentou 8 projectos-lei, e 5 propostas de resolução.

Tudo isto só vem dar força ao meu post anterior “Em quem votam as Comunidades Portuguesas” ?
No meu endender, não estão muito interessados em saber em quem!


terça-feira, setembro 08, 2009

Em quem votam as Comunidades Portuguesas ?



Neste periodo de pré-campanha eleitoral, tenho conversado com alguns amigos, sobre as “politicas portuguesas”.
Noto que mais uma vez, muita gente ainda não sabe em que vota, nem qual o sentido do seu voto.
As expressões verbais, que votam no PS ou PC, ou que votam Sócrates ou Ferreira Leite, sem saberem que os círculos da emigração tem deputados, que são ( ou deveriam ser) os seus representantes na AR.
Tampouco muitas das pessoas, não ligam, não sabem e algumas nem querem saber, quais as propostas que são apresentadas pelos vários partidos, em questões das Comunidades Portuguesas.
Infelizmente muitos desses, são aqueles que mais se lamentam, com os Consulados, com as escolas, com as questões sociais, etc, etc, esquecem-se, que quando foram chamados a votar, desprezaram quem lhes poderia servir de porta voz dessas suas lamentações ou aspirações.

Afinal elegemos é deputados para a Assembleia da República, e não elegemos qualquer primeiro ministro. Mas os média também em nada ajudam, até pelo contrário ainda estabelecem nas pessoas grandes confusões.


É neste quadro, que se desenvolvem as eleiçoes nas comunidades portuguesas !
Lamento que assim seja.


quinta-feira, agosto 27, 2009

No regresso das férias, de novo as Comunidades Portuguesas



Regressados de férias de verão, estamos a poucas semanas das eleiçoes legislativas em Portugal. Ou seja, a 27 de Setembro teremos a Eleição para a Assembleia da República.
Depois de na passada semana, um tal “jornalistazeco de meia tigela” , sem escruplos, e sem dignidade da identidade portuguesa, chamado de Henrique Raposo, ter escrito um artigo no jornal Expresso “Três 'Portugais' “, onde vomitou todo o ódio da vida dele, metendo a nú a mente de muita gente que pensa desta forma sobre as Comunidades Portuguesas . Tristeza de mentalidade!!
Também nos últimos dias acompanhamos as formações das listas dos partidos que vão concorrer aos Circulos Eleitorais da Emigração a 27 de Setembro.

Sobre estas listas, e concretamente na lista do PS no Círculo da Europa, sobressai-me um nome como cabeça de lista, que me deixa preplexo, pela má qualidade de trabalho que este ex-deputado apresentou na AR.
Paulo Pisco, andou, andou, que de delfim do Sr. José Lello ( de má memória nas Comunidades Portuguesas)que vai desta e consegue ser o cabeça de lista.
Nunca mais na vida me esquecerei, da qualidade ordinária, conflituosa, de baixa ética, com este ex-deputado tratou de vir a Haia, tentar fomentar uma desunião na comunidade, quando esta lutava, pela manutenção da escola Portuguesa, com um horário que servia uma comunidade, era eu então nessa altura Presidente da Comissão de Pais da Escola.

A então Sec. de Estado da Educação era Ana Benavente ( também de má memória!) e mandou esse “bombeiro” para apagar o fogo e as confrontações que ela estava a ter. Afinal o que aqui veio fazer foi “aumentar o ódio das pessoas” e até hoje ( passados alguns anos) ainda nunca se dignou no mínimo falar com o Presidente da Comissão de Pais, conforme ele prometeu a vários dos pais dessas criancas nessa altura.
Oa alunos conseguiram acabar as Escola Portuguesa, hoje falam a lingua portuguesa, e se fossem as “tretas” desse ex-deputado, não teriam aquilo que hoje tanto nos orgulha.

Pessoas deste calíbre, não interessam a ninguém, nem este tipo de jornalistas nem este tipo de deputados…….mas afinal este candidato também foi jornalista, será que seria igual ao outro?!.

sexta-feira, julho 03, 2009

PARTICIPACAO PROGRAMA NA RTP INTERNACIONAL


No passado domingo (dia 28 de junho), na RTP Internacional, participamos no programa Magazine Europa Contacto.
No seguinte link, podem ver, a nossa entrevista é aos 20;30 minutos, é só acelerar o botão do player:

terça-feira, junho 30, 2009

AINDA A CHANCELARIA DA EMBAIXADA DE PORTUGAL EM HAIA

A revista Sábado deu destaque a todo o esbanjamento de dinheiros públicos


terça-feira, junho 23, 2009

Contagem do tempo de serviço militar

Recebi esta nota de imprensa.
Pela importancia da mesma divulgo-a aqui no meu blog.





Eles prometem, mas não cumprem.

Os ex-militares emigrantes têm vindo a ser vitimas dos sucessivos governos que ao longo de anos mais não têm feito do que promessas quanto a resolução da sua justa aspiração, ou seja, o de verem contabilizado o tempo de serviço militar efectuado antes do 25 de Abril, para efeitos de obtenção de reforma.

Os partidos que nos têm governado, cada um à sua maneira, desde o Governo PS de Guterres, passando pelo Governo PSD/PP de Durão Barroso/Paulo Portas, até ao actual Governo de Sócrates, mais não tem feito do que nos entreter com promessas embrulhadas em leis, que remetem para outras leis a publicar mais tarde, acabando por ficar umas e outras dependentes de regulamentação que, por sua vez, depois de publicada, é como um baralho de cartas que se volta a baralhar para recomeçar de novo.
Os Governos têm-se portado como autênticos mestres da prestidigitação. E neste jogo de ilusões quem tem perdido somos nós, os ex-militares.

Mas o cinismo encontrou neste Governo do PS a sua expressão máxima, com particular destaque para o muito simpático Secretário de Estado António Braga que, em períodos diferentes e ao longo dos anos que dura esta legislatura, nos foi “vendendo” a ideia do empenhamento do Governo em resolver este problema. No primeiro ano de Governo PS foi-nos dito que até final de 2005 o problema ficaria resolvido, Não ficou!

Depois, veio o discurso sobre a necessidade de estudar aprofundadamente o problema, e, na sua passagem pelo Luxemburgo, em Junho de 2007, num encontro com a Comissão dos ex-militares, o mesmo Secretário de Estado sentindo-se apertado e talvez porque a imaginação não o ajudou, acabou por afirmar que “os ministérios da Defesa, do Trabalho, da Segurança Social e dos Negócios Estrangeiros chegaram a consenso para que se encontre uma solução para a situação dos ex-combatentes até ao final do ano.” O único consenso a que chegaram, ou pelo menos a isso somos obrigados a concluir, foi o de adiar a resolução do problema. De facto, o fim de 2007 chegou mas a resolução do problema ficou, mais uma vez, por resolver.

Este ano, por coincidência ano de eleições, o Governo manda publicar nova legislação: depois da 9/2002, veio a 21/2004 e a 160/2004, e agora temos a 3/2009.
Mas, surpresa das surpresas, constatamos que esta nova lei de facto ignora tudo aquilo que tinha sido discutido e avançado nas reuniões entre os representantes dos ex-militares (a Associação de França e a Comissão do Luxemburgo) e membros do Governo. Como diz o ditado popular: Venderam-nos gato por lebre.

Esta nova Lei que demorou tantos anos a fazer não passa de um emaranhado de artigos e alíneas e são os próprios serviços da Segurança Social que dizem publicamente não saberem como aplicá-la. Esta nova Lei mais não faz do que criar um suplemento de pensão desligado daquela que é a nossa reivindicação principal: que a contagem do tempo de serviço militar obrigatório seja contado pela Segurança Social para efeitos de abertura do direito à pensão.
Esta é a luta que iremos continuar para que justiça seja feita.

Manuel Gomes da Silva
Ex-militar em Angola 1972/74
Presidente da Comissão de Ex-Militares no Luxemburgo

segunda-feira, junho 08, 2009

Eleicões Europeias - Comunidade Portuguesa na Holanda



Resultados em 2009
Total de Inscritos: 850
Total de Votantes: 29 3.41%
PS
31.03%
9 votos

PCP-PEV
24.14%
7 votos

B.E.
13.79%
4 votos

PPD/PSD
13.79%
4 votos

MPT
6.9%
2 votos

CDS-PP
0%
0 votos

MEP
0%
0 votos

MMS
0%
0 votos

PCTP/MRPP
0%
0 votos

P.H.
0%
0 votos

P.N.R.
0%
0 votos

POUS
0%
0 votos

PPM
0%
0 votos



EM BRANCO
10.34%
3 votos


NULOS
0%
0 votos


domingo, junho 07, 2009

Europeias 2009 - Fraca adesão nas Comunidades Portuguesas


Lamentávelmente as Comunidades Portuguesas voltaram costas às Eleicões Europeias de hoje. A culpa é fundamentalmente do Governo do PS, que não fez uma campanha informativa junto das Comunidades Portuguesas, de uma forma digna.
Umas circulares distribuídas pelas associacões Portuguesas, e alguns spots publicitários na RTP I, não conseguem alcancar a totalidades dos eleitores. 
A falta de desdobramento das mesas, quando este voto era presencial, foi algo que muitos não estavam informados.

Enfim e em resumo, o Governo do PS, continua a demonstrar um despreso total pelas Comunidades Portuguesas, não só nas politicas como também nos actos.
Agora aguradamos os resultados finais nas Comunidades Portuguesas, e não me admira, que haja uma derrota eleitoral do PS, nestes círculos eleitorais.

Haja mais respeito pelas Comunidades!

   

quarta-feira, maio 20, 2009

Associativismo e falta de respeito do Governo




De vez em quando assistimos a tomadas de posição Governamentais em questões do associativismo Português.
A mais recente é a instalação de quiosques consulares nas associações.

Sistemáticamente o Governo, utiliza os canais associativos, atravéz dos Consulados, para divulgar as suas notas informativas, que tenham a haver com assuntos para as Comunidades Portuguesas.

Na minha opinião todas estas formas de utilização do movimento associativo estão erradas.
Em primeiro lugar a Comunidade Portuguesa não é só a que frequenta o movimento associativo. Depois não é esse movimento associativo que terá de substituir o Governo, conforme esta instalação dos quiosques Consulares. Depois até dá a aparecer que o movimento associatvo é que pretende ter a responsabilidade de apoiar as Comunidades, da divulgação da cultura portuguesa, ou de ter a obrigação moral por estar no terreno de resolver tudo e mais alguma coisa na àrea social.

Infelizmente o Governo, “que tanto necessita do associativismo”, atribui poucos ou nulos, e atrasados apoios, para que as associções possam desenvolver algumas actividades.
A mesma celeridade e abertura que têm tido as associações no “apoio ao Governo” não é correspondida da mesma formado Governo, quando solicitam apoios.
Tudo depende de uma enorme burocracia para fazer o pedido, depois vem a borucracia dos relatórios finais das actividades, onde quase é perguntado a cor da cueca que usa o presidente da associação, para depois passados muitos meses obterem esses apoios ou subsídios.

É muita luta, para homens e mulheres que trabalham em prol do voluntariado das comunidades.
Haja mais respeito!


quarta-feira, maio 13, 2009

AINDA O EDIFÍCIO DA EMBAIXADA DE PORTUGAL EM HAIA


Precisamente dois meses, depois de eu ter denunciado aqui no meu blog, a ridicula questão do futuro edifício da Embaixada de Portugal em Haia e da Secção Consular, primeiro o PCP e logo de seguida o PSD, vieram questionar o Governo, sobre esta vergonha de esbanjamento de dinheiros públicos, para pagar os arrendamentos, de um edifício que está encerrado.

Hoje li na Lusa, que o MNE não presta reacções aquilo que foram as perguntas dos partidos.
É assim que se trata públicamente a clareza da transparência, governativa e em especial nas Comunidades.

Fico satisfeito, que os partidos da oposição coloquem esta questão e façam a denúncia. Infelizmente as respostas governamentais não me admiram, pois sabem que não agiram bem na gestão deste assunto.

No entanto a Comunidade continua a ter um APOIO CONSULAR PÉSSIMO !
Culpa de uma política, que nada serve às Comunidades Portuguesas.
Tentem ligar para o Consulado, no horário de funcionamento, e esperem e desesperem para serem atendidos. A gravação é do género “vira o disco e toca a mesma”!
Culpa não dos funcionários, eles não têm 4 mãos.

Uma VERGONHA!!!

quinta-feira, abril 23, 2009

A Secção Consular da Embaixada de Portugal em Haia.



Com base na resolução nº 66 de 2007, do Conselho de Ministros, foi extinto o Consulado Geral de Portugal em Roterdão e foi fundido na Secção Consular da Embaixada de Portugal em Haia.

Conforme meus alertas, a confusão é grande na Comunidade Portuguesa, para quem não está muito dentro destas coisas e liga pelo telefone, para obter informações, responde a máquina “Benvindo à Secção Consular da Embaixada de Portugal em Haia”.. muito bem este nome, só que esta Secção Consular, ainda está a funcionar nas instalações do ex-Consulado em Roterdão.
As tais pessoas, ficam-se a interrogar, afinal, está em Haia ou em Roterdão, por outro lado, tudo isto continua a custar uma “pipa de massa” e não se vê evolução nenhuma para melhorar esta situação.

O caricato é que na página oficial do MNE, ( fiz hoje dia 23 de Abril uma pesquisa) não consta que exista um Consulado em Roterdão, mas tampouco informa que existe uma Seccão Consular na Embaixada em Haia, ou que a mesma funciona em Roterdão.

Ora aqui deixo os sites, que servem às minhas argumetações:

http://www.mne.gov.pt/mne/pt/infocidadao/pestrangeiro/consulados/

http://www.mne.gov.pt/mne/pt/infocidadao/pestrangeiro/embaixadas/


O Consulado de Roterdão afinal foi fundido em nada, “simplesmente desapareceu do mapa”!!

Haja um pouco de mais respeito pela comunidade, é o mínimo que se pode exigir.




sexta-feira, abril 17, 2009

35 ANOS DO 25 DE ABRIL E AS COMUNIDADES PORTUGUESAS



O 25 de Abril será sempre um marco histórico de Portugal. Este ano vamos comemorar os 35 anos deste feito importante da democracia Portuguesa.
Também nas Comunidades Portuguesas este dia vai ser comemorado, porque felizmente existem muitos membros, que distantes de Portugal foram importantes para que revolução fosse um facto.
Esta mensagem é importante que seja continuamente passada às novas gerações nas Comunidades Portuguesas e não tenho visto da parte dos Governos Portugueses de qualquer empenhamento, de qualquer projecto, conforme é feito para o Dia de Portugal.
Tem existido da parte dos vários Governos de Portugal, um certo “medo”, e falta de sencibilidade, para que seja divulgado aos mais jovens, essa página brilhante da história contemporânea de Portugal.

Honra seja feita, a muitos dirigentes associativos, que vão tentando, cada ano que passa manter esta comemoração e divulgando, dentro das suas possibilidades, o espírito do 25 de Abril nas Comunidades Portuguesas.

Com um pouco de empenho dos Governos de Portugal, certmanete os jovens nas comunidades portuguesas, teriam um maior orgulho da democracia portuguesa.

Por isso digo, 25 de Abril Sempre!

quarta-feira, março 25, 2009

A Lei Eleitoral Portuguesa para as Comunidades


O Presidente da República, tinha à semanas atraz vetado a lei, que pretendia o voto presencial nas Comunidades Portuguesas. Ao ter devolvido a lei à AR teria de ser encontrada a maioria de 2/3 dos deputados para que a lei voltasse a ser votada favorávelmente sem a necessidade da aprovação do PR.
Ontem os vários meios de comunicação deram a notícia do abandono desta lei pelo PS. Isto veio dar ao PSD um tónico de vitória e as mais variadas formas de vangloriar-se por este feito.

É triste que se faça política desta forma, é triste que só se dê destaque às pessoas afectas ao PSD, para divulgar a “vitória “ neste feito, é triste que o Presidente do CCP, até agora só tenha falado deste assunto, e de resto esteja complemente calado em outros assuntos.

O PSD sabe muito bem que com a alternância com o PS têm distruído muitas das coisas nas Comunidades Portuguesas, e é ver quem é que se culpa mais, como de vitórias se tratassem.
Muito mediocre para meu gosto, aquilo que tem sido feito nas Comunidades Portuguesas, por esta alternância PS versus PSD.

Gostava de ver estes partidos congratularem-se e vangloriarem-se na melhoria dos apoios às Comunidades Portuguesas, mas infelizmente o que temos visto tem sido sempre a piorar.

Depois vem o Presidente da República exaltar a importância das Comunidades Portuguesas na economia Portuguesa em tempo de crise!!


terça-feira, março 03, 2009

A "crise" e a Chancelaria da Embaixada Portugal em Haia

Tenho constatado nos últimos meses que "a crise" “preocupa “ muito o Governo de Portugal.
Infelizmente essa mesma preocupação não tem tido em conta o "esbanjamento" de uma renda anual, por volta dos 140 mil euros de um edifício na cidade de Haia, para juntar a Embaixada de Portugal e a Secção Consular que ainda se encontra em Roterdão.
Esta situação mantem-se há cerca de um ano, o que é caso para questionar se afinal os dinheiros públicos não são considerados para a "crise".

Afinal paga-se a renda de um edificio vazio em Haia ( cerca de140 mil euros anuais) e de um edificio em Roterdão ( cerca de 70 mil euros anuais), e isto vai continuar até quando?

Será que a Comunidade Portuguesa na Holanda vai ter o orgulho de ver a junção da sua Embaixada e Secção Consular , quando houverem eleições legislativas, lá para o final do ano ?

A campanha eleitoral está aí à porta.!!

Será que não existe nenhum jornalista em desvendar o que se passa com este caso, que nos entristece a todos ?

E viva a "crise"!!

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Embaixador João Salgueiro - Brasilia



Tive conhecimento da entrega de cardenciais do Embaixador João Salgueiro, junto do Presidente Lula da Silva.

Esta notícia fez-me recuar cerca de alguns anos atraz ( 2002-2005), e recordar as boas memórias do Embaixador Salgueiro na Embaixada de Portugal na Haia.
Homem sempre interessado nas questões da comunidade portuguesa na Holanda. Deslocava-se a todas as associações e convivia com todos os seus membros, de uma forma a berta e simpática, coisa que não é habitual de encontrar-mos.

Foram as festividades do Dia de Portugal, a procura de solução para as questões de ensino, as problemáticas dos trabalhadores temporários, os problemas do movimento associativo, os encontros de artistas portugueses na Holanda, etc, etc
Em todas as associações portuguesas na Holanda o Embaixador João Sagueiro é recordado pela positiva.

Particularmente (enquanto fui membro do CCP) do Embaixador João Salgueiro, só tenho boas recordações, das iniciativas e do tratamento dado aos assuntos da comunidade.

Depois de três anos como Embaixador junto da ONU, espero que como Embaixador de Portugal no Brasil, tenho os mesmos sucessos que teve na Holanda, junto da Comunidade Portuguesa.

Felizmente que existem Homens desta categoria.

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

TRABALHADORES TEMPORÁRIOS NA HOLANDA - MAIS UMA INICIATIVA

Nunca é demais tomarem-se iniciativas, no sentido de alertarem os trabalhadores temporários, para o mercado de trabalho na Holanda.
Afinal as autoridades ( portuguesas e holandesas), lá vão dando razão às denuncias públicas que vêm sido feitas desde há alguns anos.
O que era presumível e assumido de forma amedrontadapelos governos, decerto têm tido muitos casos em mãos e lá vão-se preocupando pelo menos em alertar.

Agora, será que alguma vez vão ser tomadas medidas contra os prevaricadores, empresas, e gente que sem escrupulos vai continuando a enganar e servir-se dos mais desfavorecidos da sociedade?

Mas como a matéria é interessante aqui deixo a Notícia e os links para estes dois documentos.
Afinal valeu a pena denunciar muitas destas coisas!

José Xavier


ACT e Embaixada da Holanda apresentam brochura sobre direitos dos trabalhadores portugueses na Holanda.
quarta-feira, 11 de Fevereiro de 2009

O Inspector-Geral do Trabalho, Paulo Morgado de Carvalho, e a Encarregada de Negócios ad interim da Embaixada do Reino dos Países Baixos em Lisboa, Carmen Gonsalves, apresentaram hoje, no âmbito da 8ª Conferência Regional Europeia da Organização Internacional do Trabalho, uma brochura e um folheto informativo alusivos aos direitos e obrigações dos trabalhadores portugueses na Holanda.

A informação contida nestes documentos, elaborados pela Inspecção do Trabalho da Holanda em colaboração com a Autoridade para as Condições do Trabalho, visa adequar as expectativas dos trabalhadores portugueses à realidade das condições de vida e de trabalho holandesas, bem como prevenir as eventuais dificuldades resultantes da sua integração no mercado de trabalho local, tendo em vista tornar mais bem sucedida a estadia nos Países Baixos.

Para descarregar a versão electrónica dos documentos, clique nas respectivas hiperligações.

Brochura sobre direitos e deveres dos trabalhadores portugueses na Holanda

Folheto sobre direitos e deveres dos trabalhadores portugueses na Holanda

terça-feira, fevereiro 10, 2009

PR lembra as Comunidades Portuguesas


Vêm de novo os emigrantes Portugueses a serem importantes, nos artigos de imprensa portuguesa. A semana passada foi a questão do veto Presidencial à votação presencial dos emigrantes nas eleições legislativas, e presidenciais. E agora de novo o PR a dar uma grande importância aos emigrantes na economia portuguesa.

O PR colocou em causa a sua própria eleição, afinal ao ter vetado o modo eleitoral pelas razões que apresentou, esqueceu-se que foi ele o primeiro PR eleito, com a participação dos votos dos emigrantes e de forma presencial.
Ou será que desta forma quiz dar um “cartão amarelo” ao Governo do PS, pela (des) restruturação Consular, que cada vez é mais reduzida e deixa as Comunidades Portuguesas sem apoios.

Há vários anos que o Conselho das Comunidades Portuguesas tem tentado, dar a visão importante económicamente dos quase 5 milhões de portugueses residentes no estrangeiro. Infelizmente os vários Governos têm dado pouca ênfaze a essa questão. Mais vale tarde do que nunca que alguém venha relembrar este aspecto, mas o que tem é de serem tomadas medidas concretas , e não discursos de circunstância.

As Comunidades Portuguesas agradecem, este impacto, mas certamente ficariam mais satisfeitas se passasem das palavras aos actos….

José Xavier

terça-feira, fevereiro 03, 2009

"Crise e mais crise" = desemprego = “aventurar na emigração”

Crise e mais crise!!, é palavra mais usada nos últimos meses. A resposta do sistema capitalista a esta palavra "crise", é a outra que também se está a usar nas últimas semanas, "desemprego", e o complemento disto , para os portugueses em particular,é a procura de solução na emigração.

Infelizmente o que vêmos de noticias na emigração é o aumento de descontentamento dos países de acolhimento, dado que também eles estão em crise, e aumenta logo à partida a xenofobia. Vejam-se os casos dos últimos dias no Reino Unido ou no norte de Espanha.
No seguimento de tudo isto vêm os políticos dos países de acolhimento e de origem , dizerem que os acordos Europeus, é de que existe livre circulação e como tal as pessoas terão de consideradas todas da mesma forma para os mercados de trabalho.

Isto é na teoria meus senhores, infelizmente na prática o que temos assitido, é uma situação completamente diferente dos tais acordos. Vejam os casos dos últimos anos na Holanda ou Espanha ou no Reino Unido, etc, etc
O recurso das empresas é ao trabalho temporário, porque é mais barato e não têm os mesmos encargos, que sejam os trabalhadores locais e efectivos. Isto tem dado desiquilibrios no mercado de trabalho, mas enquanto não houve “crise”, tudo estava aparentemente bem. Agora com a tal “crise”instalada, o que vem logo ao cimo, é a luta pelo lugar de trabalho, e a xenofobia torna-se logo um factor que se implanta.

É tudo muito bonito, nos acordos governamentais, e para quem está instalado nos corredores do poder, mas quem vive os problemas das pessoas no dia a dia, assiste a uma realidade bem diferente.

Portugal continua a exportar problemas sociais, a troco de solucionar o problema do desemprego. E a vaga vai aumentar, com toda a onda de encerramentos de empresas em Portugal. O governo “promete”medidas de acção para os desempregados em Portugal, e será que também vai tomar medidas para aqueles, que se vão “aventurar na emigração” e depois deparam-se com problemas gravissimos de variada ordem?
A onda vai começar dentro de pouco tempo, no Reino Unido parece-me ser a ponta de um iceberg.

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Continua a vaga de emigrantes...e apoios existem??


As noticias dos últimos dias nos jornais Portugueses são preocupantes acerca de temas das Comunidades Portuguesas.

Ou sejam as “Familias Portuguesas que Chegam a Lyon, com o conhecimento do Consulado” , “Embaixadas que estão sem pessoal dado que não foram renovados os contratos de trabalho” , “A FAPA na Alemanha, que pressiona, para a clarificação do assunto da forma que foi utilizada na nomeação de um membro do CCP”, são temas bem desagradáveis e deveriam de ter um tratamento sério e frontal da parte do Governo Português.

Ao que se vai assistindo é estes temas, são coisas de menoridade e que não dá preocupação ao Governo do PS, de forma a “atacar à solução dos problemas”.
Sempre temos alguém a dizer que, está tudo bem, vai ser resolvido, estamos a acompanhar, etc, etc!! As opiniões do costume e das circunstâncias que já conhecemos.

Lamentávelmente ninguém quer ser responsável, da sociedade que foi criada nos últimos 20/25 anos em Portugal. São as pessoas no seu geral irresponsáveis, pelas formas e circunstâncias que o fazem, são os Governantes, que pensam no que consiste ao fluxo migratório, que “quanto mais longe, menos problemas temos cá dentro para resolver”, e desta forma vai-se passando os anos e a imagem de Portugal a degradar-se cada dia.

Tenho pena!!