quinta-feira, junho 28, 2012

Políticas para as Comunidades Portuguesas.....


As políticas de emigração têm andado nas bocas das Comunidades Portuguesas, mas pela negativa. Depois de “pateticamente” os governantes portugueses, terem “incentivado” os jovens e os professores a emigrarem, para resolverem a sua situação social, vieram da parte do mesmo governo, uma série de acções  negativas, naquilo que consiste, na minha opinião, a serem dados mais uns passos para retirarem completamente os apoios às Comunidades Portuguesas.

 São as questões relacionados com o apoio ao Ensino de Língua e Cultura Portuguesa, como despedimentos de professores, suprimento de cursos, e vieram agora colocar uma propina anual de 120 euros. Isto não vai nada em concordância com a Constituição da República Portuguesa, e deixa as comunidades completamente desprovidas, dos seus jovens poderem aprenderem a Língua e Cultura Portuguesa.  E quando assim é, o desenraizamento da cultura Portuguesa vai ser um facto, e isso vai ser notado daqui a 10 ou 20 anos, onde cada vez mais jovens, vão ter menos ligações com Portugal, e essa menos valia, não vai dignificar nada Portugal.

Depois não quero entrar, nas trapalhadas que está a ser o reordenamento do quadro de postos consulares. No entanto deixo aqui registado o meu desagrado, ao serem retirados apoios sociais e de obtenção de documentos às Comunidades Portuguesas, especialmente na Europa, onde por questões sociais essas Comunidades Portuguesas são cada mais numerosos, com os novos fluxos migratórios dos últimos anos.
Claro que eu não poderia de deixar, nesta minha retrospectiva de políticas negativas do Governo Português em relação às Comunidades Portuguesas, no que é o funcionamento do Conselho das Comunidades Portuguesas. 

Não sendo um problema deste actual Governo, tem sido um problema, dos últimos Governos. Por um lado fazem os Governantes uma demonstração de muito apreço e muita importância deste órgão, mas por outro lado, tratam-no como sendo algo prescindível e dão-lhe praticamente nenhuma utilidade.
Afinal se o Governo na prática oculta o trabalho desenvolvido pelo CCP, para quê mantém essa ilusão do funcionamento deste órgão na cabeça das Comunidades Portuguesas. Apoios ao funcionamento são reduzidos, por outro lado as recomendações, não são tomadas em consideração, então para que serve?
Agora vêm aí mais uma alteração à lei de funcionamento, e já vamos na 3ª alteração, e quantas mais virão, porque se existe uma coisa, que os governantes têm feito ao CCP, é coloca-lo a trabalhar em função da alteração à lei.

Hajam de uma vez políticas sérias para as Comunidades Portuguesas.         

terça-feira, maio 01, 2012

O Miguel no Bloco

NÃO DESISTIU DE NADA



quarta-feira, abril 25, 2012

Miguel Portas - A minha simples homenagem.

foto do jornal I do dia 25 de abril de 2012

Ontem (24 de abril) fomos confrontados com a notícia da morte do Miguel Portas. Partilhei com ele nos últimos anos vários contactos e tivemos algumas acções em prol das Comunidades Portuguesas, em particular o novo fluxo migratório para a Holanda.

Sempre o admirei, não só nas suas intervenções políticas, mas na outras àreas em que entrevinha, como jornalista. Tive o prazer, de o destino nos ter dado a coincidência, de ter o seu apoio nas acções que eu desenvolvi durante anos junto da comunidade portuguesa na Holanda.

Vi o homem de excelente qualidades que era o Miguel. Ainda há umas semanas atráz, numa conversa telefónica e perante a minha pergunta sobre o seu estado de saúde dele respondeu-me...."Zé um dia destes, vamos tomar juntos uma cerveja em Amsterdam".
Infelizmente isso nunca vai acontecer, e isso intristece-me muito, porque eu gostava muito do Miguel.

Aqui fica a minha simples homenagem, no 25 de Abril de 2012 ( que coincidência para um homem de esquerda), a um homem fantástico!






quinta-feira, março 29, 2012

Algumas considerações sobre o Ensino da Língua Portuguesa na Holanda.


Servem estas minhas considerações, para alertar e simultâneamente colaborar para uma discussão do que resta do Ensino da língua Portuguesa na Holanda.
Fiquei preplexo há um par de meses, quando fui informado do número de alunos a frequentarem este ano lectivo ( 2011/2012), que passou de números de centenas, para agora umas escaças dezenas.


Não vou entar pelas teorias, de que o ensino da língua Portuguesa nas Comunidades é importante, que é uma mais valia, etc, etc, porque sabemos que é mesmo assim. Este é, ou deveria de ser, o papel do Estado Português em dignificar e estimular os jovens portugueses a um Direito Constitucional, conforme a alínea i do artigo 74º da Constituição da República Portuguesa.

Assim sendo, terá qualquer Governo de cumprir o que está na Constituição, sem andar à volta disto ou daquilo. Infelizmente o que tem acontecido, e no caso da Comunidade Portuguesa na Holanda neste últimos 15 a 20 anos, é que não tem havido vontade política, diplomática e administrativa em conjunto com uma visão mais alargada da importância da língua Portuguesa, de forma que  os jovens Portugueses obtenham uma mais valia na sua vida profissional, tendo no seu curriculo Língua e Cultura Portuguesa.

O panorama dos três polos importantes, onde residem as maiores Comunidades de Portugueses na Holanda ( Amsterdam, Haia, Roterdão), foi ao longo dos anos modificando, também por culpa das políticas Holandesas, quando Portugal passou a ser membro efetivo da UE, e os jovens da Comunidade Portuguesa, não foram mais considerados “estrangeiros”. Se por um lado perderam esse “estatuto” , também não ganharam nada dos direitos de cidadania europeia no que toca a a terem apoios à apredizagem da sua língua.
As municipalidades, deixaram de apoiar no seu todo o que concestia em professores e locais para o ensino. O casomais  flagrante foi o da cidade de Amsterdão, onde cerca de três centenas de alunos, que tinham uma boa estrutura, organizativa, numa escola que funcionava com um grupo de professores, e até tinham um Rancho Folclórico. Há cerca de 7 anos a Municipalidade de Amsterdão deixou de apoiar, no que concestia aos professores, tendo o estado português assumido essa responsabilidade, nestes últimos 5 anos, passou a escola a ter o seu funcionamento na Associação Portuguesa e só tem escassas dezenas de alunos.

No geral ( excepção feita ao Embaixador João Salgueiro) nos últimos anos, as autoridades Locais Portuguesas, e os Governos de Portugal, nunca trataram do ensino de Língua Portuguesa, com as Municipalidades ou com o Governantes Holandeses, de forma a que a comunidade Portuguesa tenha o tal direito de cidadania Europeia.    
Desde há vários anos não tem existido só para a Holanda um Coordenador de Ensino. A Coordenação tem estado na Bélgica, e agora está no Luxemburgo. Tudo distante, sem terem conhecimento da realidade das políticas locais.
As comissões de pais foram desaparecendo, se não são práticamente inexistentes, não têm dinâmica nem estrutura, para que possam alertar para os reais problemas e tratarem de serem parceiros importantes no contexto do ensino da língua e cultura portuguesa, como em anos atráz em que esse papel era uma realidade.

Enquanto membro do Conselho das Comunidades Portuguesas, e também presidente da Comissão de pais da escola Portuguesa de Haia, entre outras actividades na Comunidade Portuguesa na Holanda, sempre tive como assunto importante as questões relacionadas com o Ensino da Língua e da Cultura Portuguesa.
Sempre dei sugestões no sentido de preservar a Língua e Cultura Portuguesa na Holanda, participei em muitas reuniões, encontros, discussões, e tanto com as autoridades locais portuguesas ( Embaixada, Consulado, Coordenação do Ensino), demonstrei a minha preocupação pelo rumo que as coisas tomavam, e sempre alertei alguns aspectos importantes, de que o funcionamento e da interligação que era necessário, entre a comunidade e as autoridades locais e o Governo de Portugal.

Desde há meia dúzia de anos, tudo se tem vindo a desmoronar. Não existe há vários anos uma Coordenação do Ensino na Holanda. Este começa a ser o ponto importante para toda a máquina poder funcionar.
É preciso incentivar a Comunidade, com informações de várias formas, no sentido de haver um aumento do número de participantes.
É necessário estruturar uma real rede de ensino, que não existe neste momento. Tem de haver locais apropriados, não ter a escola nas associações. Foi o maior erro que se cometeu nos últimos anos nas cidades de Haia e Amsterdam. As autoridades locais Portuguesas têm de demonstrar as autoridades Holandesas do importante que é a manutenção da Língua e Cultura Portuguesa.

É necessário criar Comissões de pais, com um papel interventivo, tanto junto das autoridades locais, do Governo, da Coordenação do ensino, quer junto das autoridades municipais. O importante parceiro e um grande interlocutor do interesse da língua e Cultura Portuguesa, são as Comissões de Pais, e isto tem de ser visto com bons olhos pela Coordenação de Ensino, e não ter uma Comissão de Pais só para fazer umas simples festas de natal, ou do dia de portugal.

É preciso dar uma nova vida ao Ensino de Português na Holanda, se é que existe vontade política para tal. É preciso enquadrar em tudo isto os professores que temos no terreno, e não desperdiçar quem conhece a comunidade há muitos anos, e está capacitado para dar aulas de boa qualidade.

Infelizmente, nos últimos dias um tema negativo, tem dominado o debate politico nas comunidades, acerca da eventual introdução de propinas no Ensino de Português nas Comunidades. Se assim for é a morte completa do Ensino, e não serve de nada aquilo que poderá ser qualquer contribuição para uma discussão alargada deste tema.



José Xavier

sexta-feira, janeiro 13, 2012

A Crise económica.....

Crise económica obriga portugueses a procurar trabalho na Holanda

A crise está a obrigar muitos portugueses a procurarem trabalho além fronteiras. Uma nova vaga de trabalhadores encontrou emprego e boas condições de vida na Holanda. São cerca de 260 os que já trabalham na industria do mexilhão, na cebola ou nas fábricas de queijo.

Reportagem RTP www.rtp.pt/notícias