quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Nota Informativa



NOTA INFORMATIVA

Órgãos da Comunidade Portuguesa na Holanda, estão indignados com posição do Embaixador de Portugal em Haia


A reunião que tivemos hoje com o Embaixador de Portugal em Haia, acerca das questões dos trabalhadores sazonais portugueses na Holanda e a questão da exoneração da Conselheira Social Isabel Martins, deixam-nos muito cépticos e indignados em relação ás boas intenções das autoridades Portuguesas, na resolução e formas de acompanhamento deste enorme problema.

O Senhor Embaixador reconheceu que o Consulado de Portugal em Roterdão tem graves problemas de funcionamento, e que o mesmo só funciona até ás 14;30 horas.
O Senhor Embaixador, reconhece o mau funcionamento do Consulado de Roterdão, mas indicou-nos, que a partir de agora, todo o apoio passará a ser prestado pelo Consulado, estando a Embaixada só para acompanhar politicamente a situação.

Foi reconhecido pelo Senhor Embaixador as excelentes qualidades profissionais e de dedicação da Senhora Conselheira Social Isabel Martins, e que estes factos são do conhecimento do Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros, Diogo Freitas do Amaral. Ficamos sem compreender quais foram as causas para a exoneração da Conselheira Social, e de posteriormente não ter sido reconduzida, conforme foi o Senhor Conselheiro Social na Suiça, ou outros casos idênticos.

Não é compreensível que tenha sido dada uma referência pelo Senhor Embaixador , em relação os vários riscos á deslocação a Den Helder no passado mês de Novembro de 2005. Alguém contactou a Embaixada e o Conselheiro das Comunidades, alertando para os graves problemas que estavam a acontecer com um grupo de portugueses.





Com tudo isto, lamenta o Membro do CCP-Holanda, que o Senhor Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, ainda não tivesse tido o mínimo de tempo para responder a uma exposição que elaborei em 16 de Janeiro de 2006. Não teve ainda o Gabinete do Secretário de Estado um mínimo de ética para com a exposição, pois bastaria acusar de recepção da mesma.

Rejeitamos categoricamente as afirmações do Senhor Embaixador ,acerca da comunidade portuguesa na Holanda, que a mesma não se encontrava integrada, e que a mesma não é uma comunidade de sucesso. Contestamos esta afirmação, dado que nos 20.000 portugueses que vivem na Holanda, existem escritores, prof. Universitários, cientistas advogados, médicos engenheiros, empresários e outros.
A integração dos Portugueses na Holanda foi reconhecida pelas autoridades holandesas, aquando da visita de estado do Senhor Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio no final dos anos 90.
O Senhor Embaixador que chegou á Holanda nos finais de Novembro de 2005, e deslocou-se uma única vez a uma associação.

A Presidente da FCPH reafirmou por diversas a urgência de apoio social aos portugueses em grandes dificuldades ( esmola nas ruas, dormir nas estações CF e roubar pão para comer).
Não tendo tido por parte do Sr, Embaixador qualquer resposta imediata ao assunto. No entanto relembramos que o Senhor Embaixador tinha assumido publicamente em Amsterdão no dia 11 de dezembro de 2006, o seu apoio a este problema.

A FCPF e o CCP-Holanda continuam a exigir assistência ás pessoas com situação precária e que o Governo Português continue exigir ás autoridades Holandesas, uma investigação rápida séria e eficaz, das agências de emprego temporário que retêm portugueses em situações próximas da escravatura, o que já foi amplamente divulgado pela imprensa Holandesa e Portuguesa.

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