sábado, janeiro 15, 2005

LEGISLATIVAS 2005 - OS CANDIDATOS DA EMIGRACAO


Com a decisão do Presidente da República Jorge Sampaio, de dissolver a Assembleia da República, nas últimas semanas tem aparecido o normal movimento nos partidos políticos, de formarem a suas listas a candidatos a deputados.

As direcções de todos os partidos políticos definem as suas estratégias políticas e começam a compor o seu xadrez interno, de forma a obterem o maior números de votos e como tal o maior número de deputados eleitos.

Também nas Comunidades Portuguesas, nos dois círculos, vão-se definindo as listas e estratégias políticas.
Aqui têm aparecido, variadas considerações, umas de apoio ás listas formadas por homens e mulheres vindos das comunidades, outras que fazem uma mistura desses e também de pessoas que não têm nada a haver com os emigrantes portugueses.

Se isto posso considerar de normal, do que não considero são os chamados “para-quedistas”, “carreiristas”, “oportunistas”, gente que se põe em bicos de pés, á espera de que possam ser “repescados”, por algum partido político.
As formas que temos encontrado, nestes últimos dias, têm sido várias, e algumas de forma que não dignificam nada as Comunidades Portuguesas e dão uma má imagem de desinformação e todos o que procuram “é tacho”, “protagonismo” e outras coisas mais, como por exemplo o acerto de contas políticas.
Tenho lido muitas coisas de gente que “nem sabe o que diz, nem diz o que sabe” , e outras opiniões de políticos ou pseudo políticos que durante vários anos têm deixado as Comunidades Portuguesas verdadeiramente “nas lonas”.

Das opiniões que tenho sentido, será que esses políticos, que se auto-denominam responsáveis, e que já passaram por Governos de Portugal nos últimos quase 30 anos, com responsabilidades na área das Comunidades Portuguesas, esquecem-se do desprezo com que as têm tratado.
Onde está a política das Comunidades Portuguesas, nas áreas de ensíno da língua portuguesa, no apoio consular, apoio ao movimento associativo, dos jovens lusodescendentes, etc. O que encontramos de herança destes Governos nos últimos anos, são medidas had-oc e nada com principios políticos verdadeiros voltados á diáspora Portuguesa. O que encontramos destes Governos são o aumento dos emulementos consulares, encerramentos dos consulados, consulados que não funcionam no apoio ás comunidades, consulados onde se fala de informatização, onde simplesmente as máquinas de escrever foram substituídas por computadores, onde algumas dessas atitúdes foram realizadas com pompa e circunstância .
Ou seja PURA DEMAGOGIA DESTES GOVERNOS DE PORTUGAL, PARA COM AS COMUNIDADES PORTUGUESAS.!

In felizmente os média, não nos dão ás Comunidade Portuguesas, nenhum relevo. Vemos que se fala dos cabeças de lista por este ao aquele distrito, e ninguém fala nas áreas das comunidades portuguesas.
Conforme temos visto em todos estes anos e decerto após o dia 20 de Fevereiro de 2005, mesmo os eleitos pelos círculos das comunidades, esquecem os problemas das comunidades portuguesas, e os compromissos assumidos durante estas próximas semanas, são colocados nas gavetas e a saga nas Comunidades Portuguesas continua.

Tenho acompanhado que alguns membros do CCP, têm-se envolvido na tentativa de serem incluídos em listas partidárias.
Parece-me que mais importante do que pretenderem ser candidatos a candidatos, terão é de definirem um real trabalho no seio do CCP e não procurarem as sucessivas faltas de respeito com que tem tido com os colegas membros, e para com o trabalho para o qual foram eleitos.
Decerto, que se fossem eleitos, votariam as comunidades ao desprezo da mesma forma que tem feito ao trabalho dentro do Conselho das Comunidades, enveredando por um “bota abaixo” e um trabalho indefinido, que já conhecemos, que não nos levou a nada durante estes anos.
O papel de membro do Conselho das Comunidades, deve ser cumprido de forma a incentivar á participação cívica e de luta pelos reais problemas das comunidades, educadamente e em trabalho comum com os restantes membros.
Independentemente das nossas convicções e cores políticas os membros do CCP tem de cada vez mais lutar em conjunto, junto de todos os partidos políticos afim de os sensibilizar e passar-mos a ter um órgão constitucionalizado, afim de não ser-mos a “bengala” de partidos políticos, que nos dão muita razão, quando não são Governo, mas quando lá chegam, mudam de discurso.

Infelizmente tenho notado que alguns jornalistas das Comunidades, têm o mesmo comportamento que alguns destes candidatos, dando apoio a muitas ambições descabidas só dos partidos que muito mal têm governado na área das comunidades portuguesas.
Na política não existem só uma bipolarização de partidos (PS e PSD), é muito mais abrangente e tem havido muito trabalho feito junto das comunidades por outros partidos, como por exemplo o PCP, onde sem qualquer deputado eleito, tem apresentado uma serie de soluções políticas em prol das comunidades portuguesas.

José Xavier
11.05.04




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