sexta-feira, março 02, 2007

A Nova Escravatura Europeia do Sec. XXI


Portugal exporta desemprego e problemas sociais.

Motivado pela possibilidade da livre circulação de trabalhadores, neste momento em vários países europeus existe um aumento explosivo da comunidade portuguesa.
Espanha, Reino Unido, Suíca e Holanda, são os países mais procurados pelos trabalhadores temporários portugueses, pela busca de soluções de vida.
Infelizmente os variados governos Portugueses têm demonstrado uma grande indiferença a este aumento, assim como ás condições em que tudo isto acontece.

A escravatura em plena Europa, têm dado lucros interessantes ás empresas de contratação de mão de obra barata, para desempenharem trabalhos, muitas vezes, de baixa qualificação. São estes trabalhadores sistematicamente, enganados, mal tratados, explorados, tendo todos começado da mesma forma o seu recrutamento, e terminado, também de forma muito idêntica, o “belo sonho de solução de vida”.

Os sucessivos governos de Portugal têm culpas, não só por não tratarem deste problema internamente, como não têm demonstrado vontade junto da Comissão Europeia, que seja dado um tratamento exemplar e de protecção aos trabalhadores temporários portugueses.
Os portugueses, ao lado de trabalhadores polacos, são neste momento os maiores grupos de oferecimento de mão de obra barata desqualificada na Europa.
A Europa, está a movimentar milhões de euros á base do esforço de muitos destes trabalhadores, que no seu dia a dia sofrem com problemas sociais graves, com grande falta de respeito, sem condições de habitabilidade e de protecção médica.

Sistematicamente e muito recentemente, temos assistido aos problemas com as comunidades portuguesas. Ou seja na Holanda, ou no Reino Unido, os problemas têm sido mais ou menos graves. Tanto pela sua dimensão ou pela questão do perigo que correm estes trabalhadores, a mediatação tem sido constante, e o Governo Português remedeia, só correndo atrás dos problemas e não tratando deles de uma forma preventiva e séria.

Portugal neste momento exporta desemprego e problemas sociais. São as empresas de recrutamento que de uma forma desenfreada, contratam por cabeça tudo e todos, iludindo as pessoas com promessas que posteriormente não são concretizadas.
A isto também o Governo Português tem tido grande apatia, pois todos aqueles que saírem de Portugal, são menos que contam nas listas do serviço nacional de emprego, onde também muitos deles trazem consigo os problemas com que estão a viver no dia a dia.
Felizmente existem muitos e honestos trabalhadores na procura de soluções de vida, mas no meio desses existem sempre alguns, que já tem problemas de vida e pensam soluciona-los fora de Portugal, criando por vezes uma imagem bem triste dos Portugueses.
As comunidades mais antigas que já residiam nestes países, sentiram um grande choque com todo este novo fluxo migratório, que tem piores condições que aquele fluxo dos anos 60 e 70.

Quais as propostas a apresentar:

· O Governo Português terá de tomar medidas sérias no que se refere ás atitudes de recrutamento das empresas.
Terá de certificar as empresas de recrutamento e exigir uma série de compromissos e exigências com as mesmas.
As que não forem certificadas terão de ser punidas severamente.

· Os anúncios nos jornais terão que ser só e exclusivamente das empresas certificadas de recrutamento e punir todos os jornais que colocarem anúncios de empresas ou indivíduos angariadores sem licença para o fazerem.

· Terão de ser criados outros mecanismos de apoio ás comunidades portuguesas.
Terão de existir técnicos de trabalho e assuntos sociais ( Ministério do Trabalho e Segurança Social) num órgão de trabalho junto das comunidades. Ver o exemplo das “Consejerias de Trabajo de Espanha”.

· Sem qualquer medo continuar a denuncia e todas as atitudes que são menos dignas para com os trabalhadores portugueses.
Por vezes um problema de um só cidadão é transversal a muito outros. Isto pode ser sempre comunicado a delegados sindicais nos países onde vivemos.
É muito importante manter a ligação aos partidos locais. Fazer-lhes ver que estamos a ter problemas com a nossa comunidade e que nos ajudem a resolver estas questões.

· Junto do Parlamento Europeu continuar a solicitar a intervenção de Eudeputados Portugueses e Holandeses. Ilda Figueiredo e Miguel Portas que tem tido um trabalho digno á volta destes assuntos. Denunciar desta forma junto das autoridades europeias é uma forma de combater esta onda de exploração europeia.

· Junto do Parlamento Português continuar a intervir muito nestas questões. Não só como membro do CCP como cidadão continuarei a sensibilizar os partidos políticos no Parlamento afim de serem tomadas mais e eficazes medidas.


-José Xavier-
Membro do CCP - Holanda

4 comentários:

Anónimo disse...

boa tarde olha tava a ver o tu blage,ta muito bom..... eu to na holanda neste momento e se trabalho!!!n sai e fale a pena mas ja to por tudo!!!era para saber se nao sabes de um trabalho para mi o um contacto para onde possa ligar!!!o meu mail e zuca_x@msn.com desde ja abrigado.....

Anónimo disse...

boa tarde olha tava a ver o tu blage,ta muito bom..... eu to na holanda neste momento e se trabalho!!!n sai e fale a pena mas ja to por tudo!!!era para saber se nao sabes de um trabalho para mi o um contacto para onde possa ligar!!!o meu mail e zuca_x@msn.com desde ja abrigado.....

Anónimo disse...

Bom dia,não só louvo como o quero felecitar a sua atitude, empenho e ombriedade pela nossa comunidade na Holanda.lamento só que realmente no tempo em que ai estive emigrado(de 2000 a 2001)o fenomeno já existisse e nao havia tanta divulgaçao. COLUMBUS diz-lhe algo??? um ordenado e horas extras que nunca vi, uma ida ha policia que nada fizeram ou disseram.... Realmente é´triste o que fazem ha nossa gente mas sinto mesmo pequenos que nos achem e vejam nós os portugueses com a nossa força, espirito de sacrificio que sempre nos acompanhou em toda a nossa historia levare mos de vencido mais esta batalha.Tenho 31 anos e neste momento estou a tirar uma certificaçao formaçao ao qual tenho um trabalho projecto para concluir e desde ja peço-lhe permissao para transcrever alguns textos e frases citadas para esse trabalho. deixo-lhe o meu mail no caso

Anónimo disse...

no caso de querer entrar em contacto comigo hugomdsantonio@sapo.pt