quarta-feira, junho 21, 2006

TRABALAHORES SAZONAIS EXPLORADOS NA HOLANDA, EXISTEM?

No segredos dos deuses existe um relatório que afirma, que a “montanha pariu um rato”?!!


Será mesmo?!....a brincadeira continua?!....será que não só na Holanda e na Bélgica......agora nas últimas semanas.......a notícia do JN sobre o “Eldorado Inglês” também será manipulado por um conselheiro das comunidades e mais alguns jornalistas? Afinal nunca ninguém viu nada..........claro para quem não sai detraz da sua secretária de trabalho e põe “os pés ao caminho”.....mesmo com os tais sapatos de verniz, muito usados nos grandes salões e com coqtails, nunca vão ver gente com fome.....ou gente com problemas.

Alguma vez escutaram ou conheceram estes testemunhos?...........bom será uma invenção minha de novo......que escrevi pelas mãos de alguns que me contactaram........e pediram auxilio.....claro como todas as outras sei que isto para estes senhores ( sim de letra pequena) isto não tem qualquer valor....pois nunca foram bater na porta destes senhores ( sim de novo de letra pequena).

Testemunho I

.......Após a chegada, os nossos patrões fizeram questão de acompanhar o meu marido a um médico particular antes de ir para o hospital, o certo é que o médico aconselhou o meu marido a voltar para Portugal para dar inicio ao tratamento, assim sendo os nossos patrões prometeram ajuda-lo enviando dinheiro enquanto ele permanece-se em Portugal.
O meu marido voltou para Portugal e eu fiquei para trabalhar, mas infelizmente um mês depois tive de voltar para Portugal pois ele necessitava de mim, devido á doença se estar agravar.
Passados agora 4 meses, não temos nenhum meio de sustento em Portugal a não ser a ajuda da família visto que, nunca vimos as ajudas prometidas nem os direitos por termos trabalhado 38 meses para a firma xxx – xxx xxxx bv. ( nome da firma foi descaracterizado)
Sinto-me revoltada, enganada e desiludida com tanta falsidade, brincaram connosco e com a saúde do meu marido, pois após tudo isto só chego á conclusão que se quiseram ver livre dele dizendo que a melhor solução era vir para Portugal..... Ana (43 anos)

Testemunho II
.....Agora estou melhor, pois graças a mim com muito trabalho, juntei um dinheiro para sair da casa onde vivia. Nunca tinha visto coisa assim na minha vida, as paredes todas cheias de humidade, cheiro péssimo, ratos, baratas. Felizmente isto acabou pois aluguei uma casa.... Mário (26 anos)

Testemunho III
.....Quando vim de Portugal, foi com um contrato de 3 meses, e me informaram que o vencimento era posto em Portugal. Também me davam 70 euros por semana para comer e casa. No final de 1 mês, disseram que não havia mais trabalho, nem casa, nem dinheiro e que se quisesse que fosse embora .... Amália (52 anos)

Testemunho IV
Nunca recebo a salário a tempo, e sempre me faltam horas trabalhadas, e como tal não consigo pagar as minhas despesas na altura certa. Já passei por situações piores, do que as que passo no momento.
Estou muito desanimada com a vida que aqui levo, sinto-me frustrada de tanto trabalhar só para pagar despesas ( casa, água, luz, impostos de lixo, impostos de casa, imposto de residente).Além do salário não me sinto respeitada como ser humano, para muitas entidades patronais apenas significo um cifrão. Tenho uma vontade enorme de voltar para o meu país, mas e lá? Com tanto desemprego os jovens procuram cada vez mais outros países para conseguirem os seus objectivos.
E agora que faço?, vou saltar de país em país até ver qual será melhor?! Que faço? Esperar que os nossos políticos alguma coisa façam de útil?! A Holanda está o que está, mas é um país que nada me diz. Portugal seria muito mais importante, e fazer a vida no meu país, com o meu povo...mas infelizmente está uma vergonha.
Estou desanimada sem saber o que fazer. Ana (24 anos)

Testemunho V
......No entanto e no meio de todo o desespero ainda fomos falar com a entidade patronal para resolver a situação. Tenta-mos intimida-los que íamos á policia denunciar o que se estava a passar na realidade. Como resposta disse-nos que se fossemos á policia que levávamos todos um tiro.
Só tivemos tempo de fazer as malas e irmos para a rua. A policia não fez absolutamente nada. Ficámos literalmente na rua. Os nossos patrões despediram-se dos polícias com uma “palmadinha nas costas”. Disseram-nos para entrar em contacto com a Embaixada e viram-nos as costas....

.......Resultado final fiquei psicologicamente muito afectada. Tive uma depressão nervosa e ainda estou acompanhada por uma psiquiatra. Por vezes ainda revivo o momento em que entrei naquela carrinha com aqueles homens todos e o risco que corria.
Hoje o tribunal pede-me o dinheiro seja de que maneira for, já apresentei todos os documentos que me pediram, pediram-me testemunhas documentos comprovativos do médico e centro de emprego, pois continuo desempregada.
È me impossível pagar seja o que for, não recebo subsídios nenhum do estado, nem qualquer outro apoio .Conto apenas com a ajuda de amigos e familiares...... Liliana (24 anos)

Testemunho de JN dia 10 de Junho de 2006

Rita Jordão, Leonel de Castro, em Londres
Reino unido O novo 'el dorado' da emigração

Todas os dias novas caras portuguesas chegam a Londres. Vêm à procura detrabalho e estão dispostos a agarrar a primeira oportunidade em troca de um salário que pague as contas do mês. A maioria vem de situações de desempregoque levam uma nova geração a recorrer à imigração. Os atractivos são váriospor um lado a prespectiva de um salário em libras é extremamente tentadora e, por outro, a existência de uma comunidade portuguesa estabelecida no sulde Londres vem facilitar a vida da maioria, que não sabe falar inglês. Noentanto, entre os portugueses está a aumentar o desemprego e são muitos os que se vêm obrigados a procurar emprego noutros locais.

Também conhecidacomo "Little Portugal", a região de Lambeth já conta com cerca de 50 milportugueses mas, nos últimos meses, a comunidade tem visto o mercado de trabalho ser inundado por polacos, eslovacos ou lituanos que, ao contrárioda maioria dos portugueses, dominam o inglês e acabam por conquistar postosde trabalho que anteriormente cabiam aos portugueses. Ainda assim, de Portugal continuam a chegar novos emigrantes todos os dias."A nossa comunidade no Reino Unido foi imediatamente confrontada pelaabertura das fronteiras aos países de Leste porque o Reino Unido foi oprimeiro país europeu a aceitar a entrada dos cidadãos dos novos estados.Para o próximo ano prevêm-se ainda mais dificuldades com o Reino Unido adificultar a atribuição de subsídio de desemprego aos imigrantes", explicou Rui Alvim de Faria, Adido Social do Consulado Geral de Portugal em Londres.

"Ainda assim", disse, "com a atribuição dos Jogos olímpicos 2012 ao ReinoUnido, uma nova vaga de portugueses está agora a chegar mas, com a forte competição dos europeus de Leste que falam inglês e estão dispostos atrabalhar por menos dinheiro, os postos de trabalho serão cada vez maisdifíceis de conquistar". Londres não é a unica cidade afectada pelo problema. A capital britânica funciona como o porta de entrada para osportugueses que, muito frequentemente, acabam por tentar a sua sorte noutroslocais.

O centro de Inglaterra - que recebeu os primeiros portugueses há apenas 7 anos - conta já com 55 mil portugueses, sendo a segunda região commaior número de portugueses em toda a Inglaterra. Nestas áreas, osportugueses procuram emprego em linhas de produção particularmente na industria agro-alimentar mas as filas nos centros de emprego vão-se tornandocada vez maiores.Portugueses sem contratos de trabalho são cada vez maisO elevado número de trabalhadores portugueses sem contrato de trabalho, seguro de saúde ou segurança social é um dos grandes problemas que têm vindo a afectar as diversas comunidades portuguesas no Reino Unido.

A maioria dos portugueses no país trabalham na construção civil ou na produção fabril onde os postos de trabalho são frequentemente temporários e o recrutamento éfeito por terceiros e os contratos de trabalho são em muitos casosinexistentes deixando os trabalhadores totalmente desprotegidos parasituações de desemprego, doença ou velhice.Segundo um estudo realizado pelo Consulado Geral de Portugal em Londres, decada dez portugueses que passam pelos serviços sociais do Consulado emLondres, nove não têm contrato de trabalho e, como tal, não têm direito a subsídio de desemprego ou a segurança social.
Como consequência, vão-se acomulando os casos de portugueses que, por um motivo ou outro, se encontramno desemprego e sem qualquer fonte de rendimento. Na zona de Lambeth, já foram detectados vários casos de sem-abrigo de nacionalidade portuguesa."Embora a maioria esteja relacionada com a toxico-dependência, já tivemosalguns casos de portugueses que se encontravam na rua porque tinham perdido o emprego e não tinham forma de pagar a renda", conta Luis Fonseca,ex-funcionário da agência de apoio aos sem-abrigo, St. Mungo's.

Uma das causas do problema é, mais uma vez, o idioma. Grande parte dos portugueses que vive no Reino Unido nunca chega a aprender inglês e, porisso, não têm acesso a informação local. Como consequência, acredita-se queapenas uma pequena percentagem dos portugueses estão registados nas câmaras locais, segurança social ou Consulado Geral de Portugal em Londres.


RESUMINDO:
Estamos a falar de problemas sociais. Estamos a falar de uma vergonha Portuguesa. Estamos a falar de seres humanos indefesos. Estamos a falar da maior exportação portuguesa no momento : DESEMPREGO E PROLEMAS SOCIAIS!
É de tudo isto e muito mais que falamos. Claro que quem não entende arquiva os processos, e dá como respostas .... “a montanha pariu um rato”. Claro que desta forma é mesmo assim.
São os mesmos que aparecem a a solicitar apoio jurídico. A esses se dá um papel ( fotocopiado de um site na Internet e diz-se, vá lá que eles ajudam-no. E como se resolve o problema da língua que complica qualquer contacto?......ainda mais quando tem a haver com questões jurídicas.........organizem-se !! Seriam estes os “montes” de advogados que afirmava Carneiro Jacinto ter em Roterdão?

Parabéns pelo belo trabalho que prestam aqueles que lhe pagam o salário !! esses são também portugueses,,,,,,,,,,,,,esqueceram-se disso?...acredito que sim.

segunda-feira, junho 05, 2006

Sindicatos promovem encontro com trabalhadores portugueses



Lisboa, 01 Jun (Lusa) - Sindicatos holandeses e belgas promovem, domingo, em Arendonk, na Bélgica, um encontro com trabalhadores temporários portugueses residentes no país para analisar os motivos que os levam a trabalhar na Holanda, revelou hoje o conselheiro das Comunidades José Xavier.

"São pessoas que moram junto à fronteira e vêm trabalhar todos os dias par a a Holanda", disse o conselheiro naquele país.
Questionado pela Agência Lusa, José Xavier aponta vantagens fiscais e o facto de as casas serem mais baratas na Bélgica como os impulsionadores dessa situação.
"São trabalhadores considerados transfronteiriços e estão ao abrigo de um dispositivo jurídico e fiscal diferente, que trará vantagens", afirmou.

De acordo com o conselheiro na Holanda, pelo menos 150 portugueses trabalh am numa empresa nestas condições, mas sublinhou que existem várias que contratam trabalhadores de Portugal.
Disse ainda que os números dos sindicatos indicam que existem dois mil por tugueses a viver na Bélgica e que algumas centenas atravessam a fronteiras todos os dias.
Saber porque o fazem e em que condições trabalham e residem são alguns dos objectivos do encontro de domingo.
Na altura, os sindicatos e o conselheiro vão também alertar essas pessoas para a exploração que algumas empresas exercem sobre os trabalhadores.

Presentes no encontro, denominado "Dia do Trabalhador Português Transfronteiriço", vão estar os eurodeputados Hasse Ferreira (PS), Ilda Figueiredo (PCP) e Miguel Portas (BE), e ainda deputados e eurodeputados holandeses e belgas.

O encontro é organizado por sindicatos holandeses e belgas, em colaboração com o conselheiro José Xavier.

MCL.
Lusa/Fim